Por Por Gonzalo Crespo, enviado especial
Doha, 3 dez (Prensa Latina) O Catar 2022 ficará para os livros como a Copa do Mundo das raridades, e a rodada de grupos esteve longe de mudar esse tom, com suas pinceladas históricas e inéditas que hoje ganham destaque no universo comunicativo.
Pela primeira vez, todos os continentes estarão representados nas oitavas de final: Europa (Holanda, Inglaterra, Polônia, França, Espanha, Croácia, Portugal e Suíça) liderou o número de sobreviventes, à frente da América do Sul (Argentina, Brasil), África (Senegal, Marrocos) e Ásia (Japão, Coreia do Sul).
Enquanto isso, a Oceania (Austrália) e a América do Norte, Central e Caribe (Estados Unidos) também mantêm suas aspirações na etapa que começa neste sábado, porque o calendário não dá trégua a nenhum dos seres que vivenciam plenamente o evento ecumênico.
Menção especial para asiáticos e africanos, que nunca antes comemoraram quatro seleções em fases eliminatórias, com marroquinos e japoneses à frente de seus respectivos grupos.
Além das derrotas de Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Sérvia e Uruguai, seleções convocadas para pisar na terra prometida, o segmento foi extremamente equilibrado, já que desde os Estados Unidos 1994 várias seleções terminaram com placares perfeitos, mas já conhecemos as características do lutar em solo árabe.
Na França 1998, Coreia do Sul-Japão 2022 e Brasil 2014, dois países -em cada caso- começaram fortes; A Alemanha 2006 e a África do Sul 2010 renderam quatro invencíveis, e a Rússia 2018 teve três atuações consecutivas no início do torneio.
Apesar das 32 candidaturas divididas em oito secções, o Qatar 2022 deixou apenas três convocados sem sombra de revés: Holanda (A), Inglaterra (B) e Marrocos (E), todas detentoras de sete pontos, após duas vitórias e uma igualdade.
Também foi lembrado que três árbitras foram encarregadas de fazer justiça em um campo de futebol. A francesa Stephanie Frappart, a brasileira Neuza Back e a mexicana Karen Díaz comandaram a partida entre Alemanha e Costa Rica.
Outras notas distintivas foram as partidas “sem fim”, com mais de 100 minutos de jogo; o ar condicionado nos estádios, os protestos contra os organizadores e as derrotas inesperadas de Argentina, Alemanha, Espanha, França e Brasil.
Aliás, a canarinha, pentacampeã mundial, viu ser interrompida a sequência de 17 jogos sem perder na primeira fase, ao perder por 0-1 para os Camarões no final do segmento E. O revés anterior datava de 23 de junho 1998 contra a Noruega (1-2).
Sem dúvida, foi uma rodada para recordar entre sentimentos confusos, polêmicas e surpresas. Finalmente, restaram apenas 16 times prontos para continuar sua luta pela glória do futebol.
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PL-30
2022-12-03T05:51:55