A defesa do ex-vice-presidente pediu à juíza de Garantias Penitenciárias de Pichincha Melissa Muñoz que defina uma única pena para Glas, condenada a seis anos por supostos crimes de associação ilícita no caso Odebrecht e a oito anos por corrupção agravada no caso conhecido como Suborno.
Em Janeiro passado negaram-lhe a unificação de penas porque havia uma acusação de peculato cuja sentença ainda não era transitada em julgado, porém, esse panorama mudou no início de Novembro.
No mês passado, o Tribunal Nacional de Justiça rejeitou a acusação contra o ex-vice-presidente e outros seis envolvidos em supostas irregularidades em contratos de extração de petróleo no campo de Singue durante o governo de Rafael Correa (2007-2017).
Com essa decisão, o ex-vice-governador pode pedir adesão às sanções e acessar a chamada pré-lançamento.
O advogado de Glas, Édison Loaiza, considera que agora os juízes não têm justificativa legal para negar o pedido, já que o réu cumpriu a pena privativa de liberdade prevista em lei.
Há 14 dias, o juiz Emerson Curipallo, da Unidade Penal de Santo Domingo de los Tsáchilas, expediu uma medida cautelar que facilitou a soltura do ex-vice-presidente, que deve comparecer uma vez por semana a Guayaquil e está proibido de sair do país.
O político deixou a Prisão 4 de Quito na noite de 28 de novembro, onde dezenas de pessoas, entre amigos, ativistas e meios de comunicação, o esperavam.
Advogados do ex-vice-governador, bem como juristas e ativistas de direitos humanos concordam que não há provas para provar nenhum dos crimes pelos quais ele foi processado.
Glas é considerado o símbolo do “lawfare” (guerra legal) no Equador, onde a perseguição desencadeada pelo governo de Lenín Moreno (2017-2021) contra os seguidores das ideias de Correa obrigou muitos deles ao exílio.
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