Grossi, que relatou em seu Twitter que havia realizado uma reunião com o primeiro-ministro ucraniano Denis Shmigal, disse que as autoridades de Kiev haviam aceitado a possibilidade de especialistas da AIEA visitarem as usinas nucleares da Ucrânia.
Ele acrescentou que prosseguem os trabalhos para o estabelecimento de uma zona de proteção para a usina elétrica Zaporozhie. A fábrica de Zaporozhie, a maior da Europa, está localizada na cidade de Energodar, às margens do reservatório de Kakhovka, em uma área controlada desde março passado pelas tropas russas.
Moscou afirma que sua presença militar nas instalações tem como objetivo evitar o vazamento de materiais nucleares e radioativos.
Os seis reatores da usina são desligados, para minimizar o risco de exposição ao conflito armado em andamento.
Há meses, a Rússia e a Ucrânia acusam-se mutuamente de bombardear as instalações da fábrica.
Em setembro, uma missão da AIEA visitou a fábrica de Zaporozhie e deixou uma missão lá, além de propor a criação de uma zona de segurança ao redor de Energodar.
Em outubro, após a incorporação da região de Zaporozhie na Rússia, o Presidente Vladimir Putin assinou um decreto de transferência da propriedade da fábrica para a Federação.
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