A referida entidade, as Avós e Mães da Plaza de Mayo (Linha Fundadora), os Familiares de Desaparecidos e Detidos por Motivos Políticos, e outras organizações, convocaram uma coletiva de imprensa que acontecerá às 10h30, hora local, no Museu Memorial da ESMA (antiga Escola de Mecânica da Marinha).
Numa nação com políticas ativas de memória, verdade e justiça, mais de mil condenados por genocídio, 130 netos restaurados e quase 40 anos de democracia, denunciamos a grave situação institucional que vivemos, refere um comunicado destes grupos.
Além disso, especifica que a nomeação será realizada no âmbito das atividades para comemorar o Dia Internacional dos Direitos Humanos e da Restauração da Democracia, comemorado todo dia 10 de dezembro.
No dia 6 deste mês, o Tribunal Oral Federal 2 condenou a vice-presidente Cristina Fernández a seis anos de prisão e inabilitação perpétua para o exercício de cargos públicos por suposta administração fraudulenta em detrimento da gestão pública.
A referida sentença corresponde à chamada Causa Rodoviária por supostas irregularidades na adjudicação de 51 obras na província de Santa Cruz entre 2003 e 2015, fatos que o ex-presidente rejeitou e negou durante três anos de audiências.
Fernández apontou a existência de um Estado paralelo, uma máfia e um partido judicial que a processou por crimes que não cometeu.
Além disso, assegurou que sua desclassificação é a verdadeira sentença pedida pelos opositores do peronismo.
Por outro lado, o Governo argentino apresentou uma denúncia criminal ao Ministério Público Federal de Bariloche para investigar uma viagem realizada por juízes, promotores, ex-funcionários públicos e ex-agentes da Agência Federal de Inteligência.
Por ordem do presidente Alberto Fernández, foi solicitada uma investigação por quebra de dever e admissão de presentes contra essas pessoas, que viajaram em avião particular para Lago Escondido, na província de Río Negro, e passaram um fim de semana em uma mansão de britânicos empresário Joe Lewis.
Caso se confirme que a transferência, alojamento e outras atividades dos funcionários não foram pagas por eles, mas sim por particulares, estaríamos perante a existência de vários crimes que o Ministério Público tem o dever de investigar e punir, em virtude da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, explica o texto apresentado.
Entre os envolvidos está o juiz Julián Ercolini, que instruiu o processo contra o ex-chefe de Estado.
jha/gas/ls