“Eles próprios verificaram que muitos dos projetos que consideraram não foram incluídos, se foram, então ficaram satisfeitos e estabeleceram que vão dar seguimento aos investimentos nestes projetos”, dizia a manchete em declarações à imprensa.
Após essa reunião, o deputado do Movimento pelo Socialismo-Instrumento Político para a Soberania dos Povos (MAS-IPSP), Héctor Arce, descreveu o diálogo com Montenegro como muito produtivo.
Acrescentou neste sentido que estão esclarecidas todas as dúvidas quanto à execução dos projetos públicos que vão ser desenvolvidos em todo o território nacional.
Montenegro sustentou que o projeto de lei do PGE 2023 não prevê o registro de novos planos econômicos em troca da aprovação do projeto de regulamentação na Assembleia Legislativa Plurinacional, conforme deturpado por alguns políticos que não identificou.
Na véspera, circulou o boato de que esse tipo de acordo teria sido negociado na reunião do titular com os parlamentares do MAS-IPSP.
“É claro que os projetos sempre estiveram lá, não como algum político que tentava insinuar que o orçamento ia ser aprovado em troca de projetos”, reiterou.
Ele insistiu que este texto não é alterado de forma alguma, “continua com os mesmos projetos e tem o mesmo conteúdo porque reflete nosso Modelo Econômico Social de Comunidade Produtiva”, reafirmou a manchete.
Na elaboração do PGE 2023, trabalharam 558 entidades públicas de municípios, províncias, universidades e outras instituições desde abril deste ano.
A proposta apresentada prevê uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto de 4,86 por cento, uma inflação de 3,57 pontos percentuais, um investimento público de 4,6 bilhões de dólares e uma taxa de câmbio sem variação.
Porém, nas últimas quinta e sexta-feira, com 68 votos da maioria do MAS-IPSP e da oposição, o Projeto de Lei PGE 006/2022-2023 foi rejeitado em sua chamada grande estação.
Explicando o voto contra os deputados do MAS-IPSP de Cochabamba, o deputado Héctor Arce disse à rede Uno que eles tinham dúvidas sobre o orçamento de alguns projetos que foram retirados, como o Complexo Farmacêutico naquele departamento.
A este respeito, o semanário de análise política La Época opinou que “uma facção conservadora do MAS propôs, numa linha política até agora bastante perigosa, impedir a aprovação do Orçamento Geral do Estado”.
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