Pereira assumiu a responsabilidade pelas implicações de suas carteiras na emissão de passaporte do narcotraficante uruguaio Sebastián Marset, quando este estava preso em Dubai.
Marset cumpria prisão no país árabe por porte de passaporte paraguaio falso e ao receber o de seu país sumiu do radar até hoje, quando tem um mandado de prisão vermelho contra ele pela Interpol.
O assunto já provocou a demissão da vice-chanceler Carolina Ache daqui, que atendeu ao pedido do advogado de Marset sobre o passaporte.
Ache havia recebido um alerta do subsecretário do Interior, Guillermo Maciel, sobre a periculosidade e os antecedentes do narcotraficante.
A advertência de Maciel contradiz as versões dos referidos ministros perante o Parlamento em agosto, quando Bustillo afirmou que na época da emissão do documento não se sabia quem era Marset.
“Os ministros teriam que colocar a renúncia à disposição do presidente”, disse Pereira ao canal 12 de televisão local.
Ele observou que outros altos funcionários do governo devem apresentar sua renúncia ao presidente Luis Lacalle Pou devido ao escândalo envolvendo o ex-chefe de sua custódia, Alejandro Astesiano.
Nesse sentido, citou o secretário adjunto da Presidência, Rodrigo Ferrés.
“Astesiano é um membro do governo que é indicado pelo secretário adjunto. Ele o nomeou depois de ser investigado por furto, por estelionato, tendo sido preso duas vezes”, disse Fernando Pereira.
O presidente da FA assegurou ainda que o governo exerce pressão sobre os jornalistas para minimizar os escândalos e silenciá-los.
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