A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) confirmou nesta segunda-feira que o apoiador do presidente derrotado Jair Bolsonaro foi transferido no domingo, após ser interrogado e reconhecer suas tentativas de explodir um caminhão de combustível.
Para tanto, Washington de Oliveira, 54, foi formalmente acusado de terrorismo.
O Bolsonaro (seguidor do ex-militar) está agora detido no Centro de Detenção Provisória número dois da Papuda, região administrativa do Jardim Botânico, às margens da rodovia que liga esta capital ao município mineiro de Unaí.
Segundo o delegado-geral da PCDF, Robson Candido, o criminoso confesso veio do Pará para Brasília para participar das manifestações em apoio a Bolsonaro que acontecem em frente ao quartel do Exército para convocar o golpe e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de janeiro.
Washington de Oliveira Sousa ‘faz parte deste movimento de apoio ao actual presidente.
E eles estão lá naquela missão ideológica, mas saiu do controle e das autoridades policiais, principalmente aqui em Brasília. Vamos tomar todas as medidas’, disse.
Candido destacou que ‘vamos prender quem desrespeitar o Estado Democrático de Direito, principalmente com ameaças e, principalmente agora, com bombas. Isso é algo que não existia em Brasília e não vamos permitir nenhum tipo de manifestação que possa causar danos às pessoas ou ao patrimônio público’, comentou.
Na residência de Bolsonaro, a Polícia encontrou duas espingardas, dois revólveres, três pistolas, um fuzil, munições, uniformes camuflados e outras emulsões explosivas.
Nesse sentido, o futuro ministro da Justiça do governo Lula, Flavio Dino, qualificou neste domingo como terrorismo a suposta tentativa de explodir o veículo-tanque.
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