Em declaração tornada pública após a conclusão de seu último período ordinário de sessões antes do XVI Congresso, a direção da organização reafirmou a decisão de defender a soberania de seu território e recursos naturais com todos os meios legítimos à sua disposição, incluindo a luta armada.
De igual modo, o secretariado exortou a União Africana a acelerar as diligências para pôr fim à flagrante agressão e ocupação ilegal do território de um Estado membro da organização continental, que é a República Saharaui, por outro Estado membro, o Reino de Marrocos.
Exigiu a tomada de medidas necessárias e urgentes contra esta última para cumprir os princípios e objetivos do Ato Constitutivo da União Africana, nomeadamente o respeito pelas fronteiras herdadas após a independência, bem como a proibição da aquisição de territórios pela força.
O Congresso Polisário será realizado de 13 a 17 de janeiro, em meio à ruptura do cessar-fogo com Marrocos em novembro de 2020, e seus delegados terão a responsabilidade de avaliar o mandato de três anos, eleger uma nova liderança e alterar a chamada lei fundamental para o desenvolvimento de um programa nacional renovado.
Ao contrário dos congressos anteriores, realizados nos territórios libertados do Sahara Ocidental, esta edição será realizada no campo de refugiados de Dakhla, na Argélia, devido à situação de insegurança desde o levantamento do cessar-fogo.
A intenção de apostar na via armada como solução para o conflito é evidenciada no lema escolhido para a ocasião, Escalar a luta para expulsar o ocupante e impor a soberania.
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