O chefe da diplomacia indiana protegeu suas declarações dizendo que a Europa importou da Rússia seis vezes mais combustíveis fósseis do que a quantidade comprada pela Rússia desde fevereiro de 2022.
Jaishankar chegou a Viena vindo de Chipre na segunda etapa de sua viagem pela Europa, que segundo o Ministério das Relações Exteriores é a primeira viagem de um ministro indiano das Relações Exteriores à Áustria em 27 anos.
Em uma entrevista com a emissora pública austríaca ORF, o Ministro das Relações Exteriores indiano disse que a Índia precisa de energia e não está em condições de pagar preços altos de petróleo.
O apetite da Índia pelo combustível russo aumentou desde que o petróleo bruto russo começou a ser comercializado com desconto, pois o Ocidente evitou comprá-lo para punir Moscou por sua guerra com a Ucrânia.
A Índia defende com veemência seu comércio de petróleo russo, argumentando que tem que abastecer-se de combustível onde ele é mais barato.
A Rússia continuou sendo o principal fornecedor da Índia do chamado ouro negro em novembro pelo segundo mês consecutivo, superando os vendedores tradicionais Iraque e Arábia Saudita, segundo dados do rastreador de carga de energia Vortexa.
Em novembro passado, a Rússia forneceu 909.403 barris por dia de petróleo bruto para a Índia e agora responde por mais de um quinto dessas compras.
Sobre o conflito Rússia-Ucrânia, Jaishankar reiterou a posição da Índia do lado da paz e os esforços de Nova Deli para insistir no diálogo e na diplomacia, sabendo que as diferenças não podem ser resolvidas através da violência.
“Nas relações internacionais existem situações complicadas e os países envolvidos devem resolver seus problemas através da paz e da diplomacia”, disse o ministro indiano das Relações Exteriores.
mem/abm/bm