Porta-vozes da empresa estatal mais produtiva do México consideraram a queda acentuada e a atribuíram, entre outras causas, à incerteza criada no sensível mercado de petróleo bruto por um ressurgimento da pandemia Covid-19 na China e suas repercussões negativas no comércio internacional.
Um relatório da Pemex aponta que, no fechamento dos mercados no dia anterior, a mistura mexicana – que agrupa várias qualidades com diferentes graus API – registrou os níveis mais baixos em quase um mês e também a relaciona com a crise econômica mundial.
A preocupação é gerada pela possibilidade de que, devido à Covid-19 e à crise econômica, à qual se somam os problemas climáticos na Europa e nos Estados Unidos, a demanda internacional caia.
A Pemex explica que sua cesta de exportação perdeu 4,18 dólares (6,34%), fechando a 61,66 dólares por barril, seu preço mais baixo desde 9 de dezembro.
Quanto a outros fornecedores, o North Sea Brent caiu $4,26 (5,18%) para $77,84 por barril e o US West Texas Intermediate (WTI) caiu $4,09 (5,31%) para $72,84 por barril.
Informações da China, o maior importador mundial de petróleo bruto, mostraram que embora nenhuma nova variante da SARS-CoV2, que causa a doença Covid-19, tenha sido encontrada no país, ela se espalhou rapidamente, o que está de acordo com as avaliações da Organização Mundial da Saúde.
Mas de igual ou maior preocupação foi a publicação de vários indicadores econômicos que mostraram uma contração na atividade nos Estados Unidos, Alemanha, Espanha e França.
Neste contexto, de acordo com especialistas nacionais, é difícil prever um mercado petrolífero em ascensão.
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