O mapa descreve a situação de 16 áreas que correspondem a 20 dos 32 departamentos do país e são “territórios silenciados que continuam a sonhar com um futuro sem balas”.
Foi elaborado com base nos relatórios do Jurisdição Especial para a Paz, da Fundação Ideias para a Paz, do Instituto de Desenvolvimento e Estudos para a Paz, da Fundação Pares e dos próprios relatores.
O denominador comum destes conflitos é o medo e o silêncio impostos pelos violentos e em cada região a dinâmica varia, afirmou.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) identificou seis conflitos armados no país sul-americano: três envolvem o Estado contra o Exército de Libertação Nacional (ELN), contra as Autodefesas Gaitanistas da Colômbia e contra membros das antigas Forças Armadas Revolucionárias Forças da Colômbia não cobertas pelo Acordo de Paz de 2016, disse ele.
A Liga Contra o Silêncio destacou o aumento da violência e do sofrimento da população colombiana neste contexto armado.
Entre janeiro e junho deste ano, o CICV documentou um aumento de 43% em relação ao mesmo período de 2021 entre as vítimas de artefatos explosivos (377), a maioria (53%) civis, detalhou.
O deslocamento maciço e o confinamento também aumentaram, a maioria dos quais ocorreu em Chocó, um dos departamentos mais atingidos.
Há outros exemplos dramáticos, como o de Arauca, onde o deslocamento individual passou de 763 pessoas registradas em 2021, para mais de 11.000 no primeiro semestre de 2022, também segundo o CICV, acrescentou.
Ele enfatizou que os atores armados são impiedosos contra os civis, mas ainda mais contra os líderes sociais.
Em relação à exacerbação da violência, La Liga refere vários fatores, expressos por vários especialistas, como falhas na política de segurança, que durante o governo de Iván Duque (2018-2022) se concentrou em alvos de alto valor, como grandes líderes.
As organizações criminosas tiveram linhas de socorro mais rápidas e os novos comandantes passaram a se impor pela força e geraram mais violência, acrescentou.
O outro fator são as condições favoráveis para as economias criminosas, já que essas estruturas são alimentadas, entre outros, pelo narcotráfico e garimpo ilegal de ouro, e o fracasso do Programa Nacional Integral de Substituição de Culturas Ilícitas, dentro dos descumprimentos do Acordo. Paz.
Entretanto, o governo de Gustavo Petro aprovou a política de Paz Total, que lhe permitirá dialogar com outros grupos ilegais para além do ELN, com os quais iniciou a mesa de diálogo a 21 de novembro e cujo primeiro ciclo se encerrou a 12 de novembro. acordos, ao anunciar um cessar-fogo bilateral com várias estruturas armadas.
lam/otf/dnsa