O Ministério da Cultura e Turismo tomou a iniciativa de promover visitas guiadas a diferentes locais onde são mantidas peças de valor patrimonial, entre elas o Museu Nacional de Antropologia, em Luanda.

De acordo com especialistas, a instituição possui uma importante coleção que cobre diferentes grupos etnolinguísticos como o Kimbumdu, Umbundu, Lunda Chokwe, Mbunda, Ny-aneka-Humbi, Helelo, Ociwambo e Khoisan.

Em declarações à imprensa, a diretora provincial de Cultura, Turismo, Juventude e Esportes da capital, Tatiana Mbuta, anunciou na véspera que o território está planejando várias atividades ao longo do mês, incluindo o reconhecimento dos criadores por sua contribuição nas mais variadas disciplinas artísticas.

Ontem houve uma visita guiada ao Memorial Dr. António Agostinho Neto, onde repousam os restos mortais do patriota, que ficou na história como o primeiro presidente da República e cujo legado político e literário serve de bússola para as gerações atuais.

Por sua vez, o Ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, instou mais uma vez a estudar o “pensamento estratégico” do primeiro estadista e fundador da nação.

O Dia Nacional da Cultura, instituído em 1986, evoca o discurso proferido por Neto em 8 de janeiro de 1979 na União dos Escritores Angolanos e apela para a defesa dos costumes e tradições emancipadoras do povo.

Na visão do intelectual, a ideia de valorizar as línguas africanas de Angola como um fator de unidade dentro da diversidade em prol do desenvolvimento econômico e social foi clara, Zau exemplificou.

O país, acrescentou, tem uma sociedade multilíngue e precisa “atender às diferenças socioculturais, em um sentido único, para construir um único povo, uma única nação”.

Durante 2023, a carteira de Cultura e Turismo terá muito trabalho a fazer; a construção em Luanda do Palácio da Música e Teatro (a primeira instituição do gênero em nível nacional) ainda estará em andamento, e será preciso dar mais atenção aos problemas sociais da classe artística em geral, argumentou ele.

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