Segundo o ministro do Meio Ambiente, Milciades Concepción, a subsidiária da canadense First Quantum Minerals apresentou novas propostas para modificar os acordos ambientais firmados desde o final de 2021.
Segundo o responsável, o Executivo não vai ceder um centímetro nas reivindicações da empresa que solicitou mais áreas do que as já concedidas para trabalhar no processo industrial.
Anteriormente, havia sido acordado que a Minera Panamá se comprometeria a instalar estações de monitoramento para monitorar a qualidade da água e do ar dentro do projeto, dando ao país istmico acesso a esses dados em tempo real.
Outro dos pontos acordados, acrescentou o ministro, é a instalação de um gabinete permanente na empresa, que permitirá ao Estado fiscalizar o funcionamento da mina, bem como fiscalizar o cumprimento das normas ambientais.
A propósito, Concepción juntamente com o ministro do Comércio e Indústria, Federico Alfaro Bloyd, comparecerão ao plenário da Assembleia Nacional (parlamento) no dia 10 de janeiro para responder às perguntas dos deputados.
O assunto foi brevemente discutido pelo presidente da República, Laurentino Cortizo, em mensagem à nação do Legislativo onde avaliou o desempenho de sua gestão, principalmente no segundo semestre de 2022.
Em sua aparição na última segunda-feira, o presidente lembrou que a Minera Panamá não tem contrato vigente, já que o atual foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal de Justiça, em setembro de 2017.
“A posição do nosso Governo é firme, no sentido de fazer cumprir o que está estabelecido na Constituição Política, ou seja, que as concessões de exploração do solo e do subsolo serão inspiradas no bem-estar social e no interesse público”, afirmou. indicado.
No entanto, no mesmo cenário perante 71 deputados, o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Construção, Saúl Méndez, apelou à renacionalização das centrais hidrelétricas e das empresas estatais estratégicas como as telecomunicações.
Ele também exigiu a rejeição de contratos milionários como o que é negociado pelas costas do povo com a empresa Minera Panamá para promover o saque de recursos naturais, afirmou.
O porta-voz da aliança Pueblo Unido por la Vida também indicou que os grupos rejeitam as leis aprovadas pelo Legislativo que não resolvem os problemas da maioria que vive na pobreza e na miséria.
Da mesma forma, exigiu uma mudança no modelo neoliberal imposto ao Panamá desde o exterior pelo Banco Mundial e pelos Estados Unidos, explicou.
Para o sindicalista, seguir o seu próprio caminho para o progresso significa promover um Plano Nacional de Desenvolvimento, garantir uma vida digna, que haja estabilidade nos empregos e não permitir que as grandes empresas aumentem os preços ao seu bel-prazer.
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