Uma comissão multisetorial, organizada pelo Presidente João Lourenço, deve apresentar o plano e calendário de atividades para a execução do estudo até ao final deste mês, noticiou este sábado o Jornal de Angola.
O Ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, foi encarregado de dirigir os trabalhos da equipa multidisciplinar.
Como passo prévio à investigação censitária, o país prevê realizar uma investigação-piloto no final de 2023, com o objetivo de testar os procedimentos e ferramentas metodológicas, que permitam corrigir eventuais falhas, indicou o secretário de Estado pelo Planejamento Milton Reis, cotado para o rotary
De acordo com a reportagem de imprensa, o responsável pela Economia e Planeamento, Mário Caetano João, destacou o apoio do Fundo das Nações Unidas para a População nas questões dos recenseamentos e a criação de um programa sobre o dividendo demográfico.
Em declarações à Rádio Nacional de Angola, o diretor-geral do Instituto Nacional de Estatística (INE), José Calengue, disse que os cálculos da agência preveem um número de cerca de 35,1 milhões de habitantes até 2024.
A estimativa, explicou o especialista, teve em conta a taxa média de crescimento populacional, que se situou em cerca de três por cento ao ano.
Na opinião de Calengue, a constituição de uma comissão multissetorial para orientar o recenseamento geral de 2024 demonstra o empenho do Estado, seguindo as normas internacionais sobre a matéria, embora seja uma operação complexa e dispendiosa.
O primeiro estudo desta natureza decorreu aqui em 2014 e constatou um saldo de 25.789.024 habitantes, dos quais 6.945.386 residiam na província de Luanda.
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