“As medidas vingativas contra o povo palestino são um ataque direto ao pedido da Assembleia e uma afronta à CIJ, alertou. O mundo deve exigir que aquele país acabe com suas sanções e cumpra as regras internacionais ou então seja responsabilizado por suas violações”, enfatizou.
Na semana passada, o governo de extrema-direita de Benjamin Netanyahu anunciou várias medidas contra a Autoridade Nacional Palestina (ANP) por solicitar e promover uma votação na ONU.
Aprovada por 87 votos a favor, 26 contra e 53 abstenções, a iniciativa também pedia a esse órgão de justiça que se pronunciasse sobre o conflito e investigasse as leis discriminatórias e as medidas de Tel Aviv para mudar a composição demográfica de Jerusalém Oriental.
O Ministério das Relações Exteriores da Palestina comemorou a votação e destacou a importância de solicitar à CIJ um parecer jurídico sobre a natureza da ocupação israelense e a necessidade de definir as responsabilidades e deveres da comunidade internacional sobre o assunto.
Em resposta, aquele país suspendeu todas as construções palestinas na Área C, área que representa 60% da Cisjordânia e está sob controle direto de Israel desde 1967.
Além disso, ele anunciou a apreensão de 139 milhões de shekels (cerca de US$ 39 milhões) de fundos de impostos arrecadados em nome do governo palestino e a adoção de medidas contra organizações que promovam “qualquer atividade hostil” contra o Estado judeu, incluindo ações políticas ou jurídicas.
Diante da situação, a ANP rejeitou tais ações e ratificou que vai continuar a luta política, diplomática e jurídica para acabar com a ocupação.
“Os direitos dos palestinos não são negociáveis”, alertou o porta- voz da Autoridade, Nabil Abu Rudeina, em comunicado.
Em outra declaração, o primeiro-ministro Mohammad Shtayyeh também criticou o roubo de fundos palestinos pela nação vizinha.
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