Ambos os compromissos estão marcados para acontecer no Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, depredado neste domingo, bem como nas sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), por grupos de bolsonaristas (seguidores do ex-militar).
Até o momento não se sabe se haverá encontro entre Lula e os timoneiros da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, ou do Senado, Rodrigo Pacheco.
A agenda oficial do governante prevê ainda que fale por telefone com o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, e o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton.
Ontem à noite, após os atos de destruição e vandalismo na Esplanada dos Ministérios, Lula voltou de São Paulo para Brasília e se reuniu com Weber e ministros no Palácio do Planalto.
Ele também acompanhou Weber durante uma fiscalização do STF, enquanto peritos trabalhavam para apurar em detalhes a extensão dos estragos.
O fundador do Partido dos Trabalhadores cumpria agenda oficial em Araraquara, cidade paulista com áreas devastadas pelas fortes chuvas, mas encurtou a viagem e voltou à capital horas depois da situação estar controlada na Esplanada dos Ministérios.
Pacheco convocou uma sessão extraordinária para esta segunda-feira para analisar o pedido de Lula para intervir no Distrito Federal (DF) diante de invasões às sedes dos três poderes.
Segundo a emissora de televisão O Globo, o senador, que estava de férias na França, partiu e chegaria nesta segunda-feira a Brasília, onde fará reunião urgente em conjunto com a Câmara dos Deputados.
Na véspera, antes das violentas incursões, Lula decretou a intervenção da Segurança Pública no DF.
Durante seu discurso, o ex-sindicalista afirmou que falta vigilância e proteção na capital, e prometeu que os terroristas serão encontrados e punidos. A medida foi emitida até 31 de janeiro.
O objetivo da intervenção é “pôr fim ao grave comprometimento da ordem pública” no loteamento territorial, marcado por atos de vandalismo e arrombamentos de bens públicos.
Tal disposição será coordenada pelo auditor Ricardo García, atual secretário executivo do Ministério da Justiça.
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