Em sua longa conversa com o escritor argelino Kamel Daoud, Macron considerou que seria pior concluir que “pedimos desculpas e seguimos caminhos separados”, pois em sua opinião “o trabalho de lembrança e história não é um ato de equilíbrio”, mas apoiar “o que é indescritível, incompreensível, talvez imperdoável, imperdoável”, acrescentou ele.
O líder francês esperava que seu homólogo argelino, Abdelmajid Tebboune, visitasse a França em 2023 para continuar “um trabalho de amizade sem precedentes” no campo da memória e da reconciliação, que começou após sua própria visita à Argélia em agosto do ano passado.
Durante esta visita, Macron conseguiu colocar as relações bilaterais novamente nos trilhos, depois de pedir desculpas por declarações lamentáveis em outubro de 2021 nas quais ele criticou o sistema político argelino e questionou a existência de uma nação argelina antes da colonização francesa.
Na entrevista, o presidente francês também pediu “apaziguamento” das tensões entre Argélia e Marrocos, sem considerar que uma guerra poderia ocorrer entre esses países vizinhos, apesar da ruptura das relações diplomáticas em agosto de 2021.
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