A fase 5 do PCT foi lançada em 23 de novembro e se soma às outras etapas em andamento: Preparação, Oportunidades, Modernização e Incursão , mas a população salvadorenha desconhece o que virá a seguir.
O anúncio do presidente Nayib Bukele da fase cinco pegou muita gente de surpresa porque muito poucos conhecem o conteúdo do plano que, amparado pelo estado de emergência, dá tão bons resultados ao governo, apesar das denúncias de supostas violações de direitos humanos na sua execução.
Em entrevista ao ministro da Justiça e Segurança, Gustavo Villatoro, publicada nesta segunda-feira pelo jornal El Salvador, detalha como está avançando o combate ao crime organizado no país.
As pessoas pediram segurança e nós estamos dando. Isso é democracia, afirmou a manchete de sua apresentação na qual destacou que o combate frontal contra as gangues fez com que os salvadorenhos recuperassem a tranquilidade no ano passado em escala nacional, embora mais de três mil inocentes tenham sido presos.
A estratégia tem bons resultados graças ao trabalho complementar entre os órgãos Executivo, Legislativo e Judiciário, pois desde o final de março de 2022 permitiu ao Estado assumir o controle de alguns territórios que por muitos anos foram sitiados pelas diferentes estruturas criminosas, apontou o Ministro.
Villatoro destacou o avanço na redução dos índices de violência e disse que “não há registro em nenhum país do mundo que tenha conseguido uma redução de mais de 60% na taxa de homicídios, um país como El Salvador, e isso nada mais é do que do que aquele reflexo do PCT”.
Descreveu as quadrilhas como uma corporação criminosa, já que – disse -, “tinham território, tinham população e tinham renda. Era quase um modelo de Estado paralelo que funcionava ao lado do Estado de El Salvador”.
Ele destacou que no confronto com esses grupos que a lei classifica como terroristas, eles realizaram mais de 70 operações coordenadas com países vizinhos, incluindo Honduras, Guatemala, Belize, México e os próprios Estados Unidos. De todos esses países, ele apontou, trouxemos membros de gangues para levá-los à justiça.
Ele também garantiu que 95% dos salvadorenhos apoiam a guerra contra a quadrilha e apenas cinco são contra, apesar de, segundo laudos periciais, poucos conhecerem as fases do PCT que ainda não foram aplicadas.
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