De acordo com o portal Brasil de Fato, com formato mais restrito, o evento regional, de caráter global, vai concentrar a maior parte das atividades na Assembleia Legislativa da divisão territorial.
O evento está a cargo das centrais sindicais e movimentos populares do estado e do Brasil. Na quarta-feira, a tradicional Marcha do FSM tomará as ruas do centro de Porto Alegre.
A manifestação acontecerá no Largo Glênio Peres e seguirá até a Praça da Matriz, onde será encerrada com um ato político-cultural.
“Com a vitória da democracia em outubro de 2022, o Brasil abriu uma janela de oportunidade para si e para o mundo na luta contra o fascismo, o racismo, o patriarcado e as desigualdades”, destacaram os organizadores ao convocar a edição de 2023.
Especificaram que esta A eleição deste ano marca uma mudança de rumo no maior país da América Latina após a vitória nas urnas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Essa mudança é popular, é democrática, é negra, é indígena, é feminista, é em defesa do meio ambiente e só será efetiva se houver organização e mobilização popular desde o início”, afirmaram.
Os organizadores explicaram que, devido ao pouco tempo de convocação e mobilização, esta edição terá sua dinâmica voltada para a realização, em parceria com a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, de Atividades Autogestionárias e Convergências.
O site lembra que o FSM nasceu em 2001 por organizações e movimentos sociais que, a partir de uma proposta inicial, se autoconvocaram e se mobilizaram para um grande encontro em Porto Alegre, em oposição ao neoliberalismo representado pelo Fórum Econômico Mundial, que foi ocorrendo ao mesmo tempo em Davos, Suíça.
Brasil de Fato aponta que os acontecimentos mundiais que se seguiram ao primeiro FSM colidiram com o desejo de paz da humanidade e faz alusão à queda (11 de setembro de 2001) das Torres Gêmeas em Nova York, Estados Unidos.
Com as primeiras edições em Porto Alegre (2001, 2002, 2003 e 2005), o fórum percorreu o mundo com encontros em Mumbai, Caracas, Karashi, Bamako, Nairobi, Belém, Dakar, Tunis e Montreal. Além de edições temáticas, regionais e continentais.
Segundo o portal, “o FSM voltou ao Brasil após uma fase de intensos debates sobre o futuro das lutas sociais e do próprio processo, com a perspectiva de servir aos movimentos de resistência contra o avanço das forças neoliberais e seus ataques às jovens democracias da América Latina “.
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