Eles devem obedecer às regras de nosso país e conduzir suas operações de acordo com elas, declarou Mujahid em resposta a comentários recentes do secretário-geral adjunto da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.
Em entrevista a uma agência de notícias afegã em Cabul na quinta-feira, Griffiths disse que as agências da ONU não poderão operar da maneira necessária se as funcionárias não puderem retornar ao trabalho em ONGs.
Queremos expandir nossos setores de apoio, mas se não conseguirmos que as funcionárias voltem a trabalhar em organizações não-governamentais, não seremos capazes de operar ou entregar o tipo de programação de qualidade de que precisamos. É uma questão prática, declarou o gerente.
Griffiths acrescentou que avançar nessa direção significa garantir que os direitos das mulheres sejam respeitados e alertou que a prioridade humanitária que o Afeganistão representa é provavelmente a maior do mundo, daí as frequentes visitas de funcionários da ONU ao Afeganistão.
Na semana passada, a vice-diretora da ONU, Amina Mohammed, também fez uma visita de trabalho ao Afeganistão, onde defendeu a formação de um governo inclusivo que envolva as mulheres.
Na ocasião, Griffiths destacou que as Nações Unidas apelaram à criação de um fundo no valor de 4,6 bilhões de dólares para o Afeganistão em 2023, que é o maior do mundo.
Seis milhões de afegãos enfrentarão fome se a ajuda não for fornecida e, para isso, precisamos da força de trabalho feminina, acrescentou. Reagindo aos comentários de Griffiths, o Emirado Islâmico reiterou que as mulheres podem trabalhar em organizações onde são necessárias com base na Sharia (Lei Islâmica), e que o Talibã está realizando reuniões com organizações de ajuda para preparar o caminho para o retorno das trabalhadoras.
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