Para preservar os minerais que produz, principalmente o lítio na rocha, as autoridades proibiram a exportação deste recurso não processado em 2022.
A este respeito, Mnangagwa explicou que não basta vetar o comércio de minerais brutos, “temos de começar a aplicar-nos na construção de estruturas e processos industriais que transformem estes minerais em produtos semi-acabados ou acabados aqui em casa”.
Até agora, no Zimbábue, depósitos de lítio foram identificados nas províncias de Mashonaland East, Masvingo, Manicaland, Mashonaland Central, Matabeleland North e Matabeleland South.
Precisamos de um novo nacionalismo que questione a perda de valor nacional líquido por meio da exportação não estratégica de nossos recursos não renováveis, escreveu o presidente no jornal The Sunday Mail.
Devemos, acrescentou ele, definir novos pontos de vista sobre o desenvolvimento de habilidades e a rápida adoção de tecnologia para nos tornarmos participantes úteis na socioeconomia global emergente impulsionada por valor.
A pergunta que devemos fazer sobre o lítio, escreveu o presidente, é quais minerais, capital, estruturas industriais, conjuntos de habilidades e quais parcerias estratégicas precisamos para lançar uma nova indústria em uma era global em que o Zimbábue é um jogador importante?
Jamais poderemos nos desenvolver e modernizar enquanto nos enxergarmos como fornecedores de matérias-primas para outros países e continentes, para seu processamento exclusivo, para que eles, por sua vez, nos transformem em meros compradores e consumidores de mercadorias caras feitas de matérias-primas que temos, enfatizou Mnangagwa.
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