Na sala Nicolás Guillén da Fortaleza San Carlos de la Cabaña, a discussão sobre a Arte como ferramenta para construir a paz e restaurar a tecido social, com a participação da ministra da Cultura da Colômbia, Patricia Ariza, da dramaturga Carolina Vivas e da promotora cultural Lucía González, também daquela nação.
Da Colômbia, está agendado para a tarde o colóquio Igualdade desde a cultura e a educação, no qual estarão presentes a vice-presidente daquele país sul-americano Francia Márquez, sua chefe de Cultura, e a socióloga e acadêmica Aurora Vergara.
Na véspera, na inauguração do evento literário, Márquez destacou a importância da Feira no estreitamento das relações bilaterais e como forma de exaltar as contribuições da maior das Antilhas no processo de paz da nação sul-americana.
É hora de toda a América Latina se declarar um território de paz, afirmou, destacando o valor deste encontro para reafirmar a amizade “facilitada por cartas, que sejam elas que avivam nossas raízes caribenhas e africanas”.
Um país que aposta na paz não pode estar na lista de promotores de terrorismo, destacou a também Ministra de Igualdade e Equidade da República da Colômbia, que recordou sua primeira visita a Cuba durante as conversações de paz.
Da mesma forma, salientou que o evento constitui um ponto de partida para o trabalho que vão desenvolver em comum durante o ano de 2023, que prevê a assinatura de um Memorando de Entendimento para Cooperação em Culturas, Artes e Patrimônio.
O festival das letras cubanas também será uma oportunidade para mostrar o papel da literatura na construção de uma nova história “através da poesia, da narração, da criação, do olhar crítico da sociedade e do resgate da memória”, enfatizou.
“Hoje venho com o firme compromisso de continuar a ter histórias comuns entre os países”, aquelas que remontam a séculos em que o mercado transatlântico de escravos marcou o desenvolvimento de ambas as nações até se refletir “na música, na arte e na cultura”.
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