Em declarações à Prensa Latina, o diplomata lembrou que o líder histórico da Revolução é admirado e serve de exemplo a muitas gerações de saarauís, que cresceram sob a permanente solidariedade dos cubanos.

Recordou as constantes denúncias feitas por Fidel em fóruns internacionais sobre as violações dos direitos humanos por parte de Marrocos, que continuam até hoje, apesar de todas as resoluções das Nações Unidas sobre a autodeterminação do Sahara Ocidental. “Os saharauis estão confinados em 31 campos, onde sofrem abusos, carências e necessidades básicas, sem acesso a muitos serviços, no meio do silêncio de muitas nações e organizações internacionais”, sublinhou.

Bulsán explicou a esta agência como milhares de estudantes e crianças foram expulsas das escolas e universidades espanholas em 1975 e foi Cuba que lhes deu abrigo, os acolheu e aqui muitos se profissionalizaram para depois voltar a servir o seu país, e que, frisou, foi graças a Fidel e o que ele incutiu em seu povo

Deu um exemplo de como o atual primeiro-ministro, o renomado escritor Bahia Awah, alguns embaixadores, ministros, altos funcionários, inclusive ele próprio, são fruto da Revolução, de seus ideais e princípios.

Muitas dessas gerações, disse, graduaram-se nos ramos mais díspares, desde a educação e medicina ao jornalismo, hoje classificados como pilares da cultura saharaui.

O diplomata esclareceu à Prensa Latina que a ilha das Caraíbas sempre se identificou com a luta do povo saharaui desde antes da guerra de libertação nacional em 1973, ainda sob a colônia espanhola que posteriormente cedeu aqueles territórios a Marrocos e à Mauritânia, tendo sido proclamada a independência. 27 de fevereiro de 1976.

Ação que comparou com o ocorrido em 1898, quando a Espanha entregou Cuba aos Estados Unidos, depois de perder a guerra.

Cuba e a RASD estabeleceram relações diplomáticas na década de 1980, quando foram abertas embaixadas em ambos os territórios, mas antes disso houve intercâmbio no nível político entre a liderança do Partido Comunista de Cuba e os membros da Frente Polisário.

Reiterou o direito à independência e soberania do povo saharaui, reconhecido por mais de 80 países, que tem sido uma constante nos pronunciamentos dos dirigentes cubanos em todos os espaços internacionais.

O embaixador, antes de terminar suas declarações à Prensa Latina, expressou sua gratidão a Cuba e a seus irmãos cubanos.

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