No encontro, realizado na sala Eusebio Leal do Colégio Universitário San Gerónimo, o ensaísta e historiador Félix Alfonso indicou que o percurso da vida nacional e a riqueza do seu património cultural constituem ferramentas do arsenal narrativo do autor nos seus romances.
A esse respeito, o crítico literário Enmanuel Tornés lembrou que a obra Quando a noite morre, de Travieso, recria as principais cenas históricas da ilha caribenha a partir de 10 de outubro de 1868, por meio de elementos paratextuais, não típicos da linguagem narrativa.
“Nesta publicação, o autor aborda a crueldade da escravidão, o tráfico de seres humanos na Cuba do século XIX, onde eram comercializados nos mercados, como qualquer outro animal à venda”, acrescentou Tornés.
Alfonso também se referiu à última publicação do romancista, intitulada Love at 50 (2023), cujo enredo revela uma viagem de volta depois de seus livros de contos Los corderos beben vino (1970), Long is the fight (1983) e A lo longe voou uma gaivota (2004). ).
A vasta carreira do criador como romancista, tradutor e professor o coloca entre os maiores contadores de histórias cubanos da segunda metade do século XX até o presente. Seu romance El polvo y el oro teve grande repercussão no meio literário, com 17 edições, publicadas em Cuba, México, Espanha, Itália e Rússia.
Julio Travieso tem múltiplos reconhecimentos, entre os quais se destacam o louro, Mazatlán de México (1994), os prêmios de novela Casa de las Américas, Cuba (1970), a União de Escritores e Artistas de Cuba (1981), a medalha de Combatente da a Luta Clandestina (1980) e a distinção da Cultura Nacional (1988).
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