Até agora o presidente, que insiste em negar as acusações, não respondeu à intimação para comparecer perante o legislativo.
Para a sessão desta segunda-feira, estão convocadas mais 10 pessoas, entre elas os ministros da Defesa, Luis Lara, e do Interior, Juan Zapata, e o ex-chefe de Energia e Minas, Xavier Vera. O Caso Encuentro investiga a suposta existência de uma trama de corrupção em empresas públicas do setor elétrico aparentemente lideradas pelo cunhado de Lasso, Danilo Carrera, a quem chamavam de O Grande Poderoso Chefão.
Na sexta-feira passada, a Promotoria invadiu escritórios do Palácio Carondelet, sede do Executivo, e residências de ex-funcionários, enquanto detinha na fronteira com a Colômbia o ex-servidor da presidência Mauricio Guim, que após se declarar foi solto.
Por outro lado, a decisão do governo de substituir um grupo de investigadores policiais designados para colaborar com o Ministério Público em processos criminais relacionados com corrupção foi descrito como uma interferência na justiça e um “ato desesperado para esconder a corrupção”.
Todo aquele escândalo enfraquece ainda mais o Governo, que no passado fim-de-semana sofreu um revés eleitoral, pois os cidadãos rejeitaram as questões do seu referendo constitucional e favoreceram candidatos progressistas a prefeitos e prefeituras.
Esse procedimento consultivo foi a principal aposta da Lasso ter oxigênio no restante de seu mandato, mas os cidadãos votaram Não às oito propostas em temas como extradição, redução de partidos e parlamentares, meio ambiente, entre outros.
As denúncias que envolvem a administração nacional, o abandono do Estado à população mais vulnerável, bem como as recorrentes mentiras do Presidente Lasso contribuiu para fracasso do Governo nas eleições, disse à Prensa Latina o ex-candidato à vice-presidência Carlos Rabascall.
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