Um estudo publicado na terça-feira pelo centro de investigação da empresa de TI Exprivia, descreve como muito significativo e preocupante o facto de terem sido detectados 1.236 ataques, mas foram detectados 1.261 incidentes, o que é motivado pelo facto de alguns ataques deste tipo poderem durar anos.
Domenico Raguseo, director de cibersegurança da organização, afirmou em declarações publicadas pelo site Network Digital 360, que “com incidentes que excederam os ataques em 2022, podemos afirmar com certeza que alguns dos incidentes são o efeito de acções hostis levadas a cabo por hackers em anos anteriores”.
Ao revelar o novo Threat Intelligence Report, o perito advertiu que “considerar um ataque como uma acção que começa e acaba em minutos ou dias é, de facto, um grande erro. Em muitos casos, trata-se de uma “guerra não declarada”.
Os cibercriminosos “estudam primeiro as fraquezas e vulnerabilidades da sua vítima, depois decidem quando e como dar o golpe final. Alguns ataques podem continuar durante anos, e muitas vezes é difícil rastrear um incidente até um ataque específico”, acrescentou Raguseo.
O aumento do sucesso dos ciberataques deve-se, segundo o jornal, “ao crescente desfasamento temporal entre o momento do ataque e o incidente, às técnicas cada vez mais sofisticadas utilizadas pelos hackers, bem como à falta de consciência dos riscos associados à rede por parte das empresas e dos cidadãos”.
O sector financeiro continuou a ser o mais afectado, com 939 ciberataques, para 36,0 porcento do total e mais do dobro em comparação com 2021, quando sofreu 428 acções deste tipo, o que se deve ao facto de as instituições bancárias e as plataformas de moeda criptográfica, serem alvos atractivos para os cibercriminosos.
Entre as técnicas mais utilizadas estava o phishing ou a engenharia social através de técnicas enganosas, com 1.133 casos de pedidos fraudulentos na rede ou por correio electrónico a utilizadores desatentos ou insuspeitos, quase o dobro das 627 acções deste tipo detectadas em 2021, acrescenta a fonte.
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