Na quinta-feira, o Ministério da Defesa italiano publicou em seu site oficial declarações de seu chefe, Guido Crosetto, que disse em relação a esta exigência da aliança militar transatlântica que “hoje estamos em 1,38%” e que é difícil elevá-la.
Crosetto argumentou durante recentes apresentações aos comitês conjuntos de defesa da Câmara e do Senado que a decisão de alocar 2,0% do PIB para gastos militares “não foi tomada por mim, data de 2014 e foi reiterada por todos os governos subsequentes”.
Ele disse que na reunião de 15-16 de fevereiro dos chefes de defesa da OTAN em Bruxelas, Bélgica, ele foi o único a reconhecer que “é um objetivo difícil de ser alcançado, dadas as condições financeiras”.
O ministro apresentou aos legisladores a proposta de “separar os gastos da defesa das restrições orçamentárias”, e argumentou que, caso contrário, entre as nações que compõem o bloco militar, “seremos os únicos a não atingir a meta de 2,0 pontos percentuais, quando outros já estão falando de 3,0 ou 4,0 por cento”.
Também mencionou problemas no país com o pessoal de defesa, devido entre outras razões à pandemia de Covid-19, ao mesmo tempo em que reconheceu um problema de um corpo militar envelhecido e observou que a conclusão “levará tempo”, ao mesmo tempo em que descartou, por enquanto, o restabelecimento do serviço militar obrigatório.
Sobre esta última questão, Crosetto argumentou que é “uma opção política, que também requer apoio econômico, organização, e até o momento não está na agenda do governo”.
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