Apesar dos apelos da Defensoria, da Secretaria Nacional da Infância e Família e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para o enfrentamento desse flagelo que envolve a população infantil, uma das mais vulneráveis, em seu trânsito pela selva de Darien em direção aos Estados Unidos Estados Unidos, os números estão aumentando.
No dia anterior, o Ministério da Saúde (Minsa) informou a morte de um menino de sete anos, integrante do grupo de 66 migrantes irregulares que viajavam no ônibus 5B-54, que sofreu um acidente em Gualaca, Chiriquí.
Segundo o relatório, em decorrência do acidente, três menores, dos 20 que viajavam em transporte público, ficaram em estado delicado.
A criança havia chegado com politraumatismo e, quando deu entrada no hospital, o prognóstico era reservado.
Com esta morte, o número de vítimas mortais do trágico acidente é de pelo menos 41, segundo as autoridades.
Anteriormente, a diretora regional de saúde do Minsa, Gladys Novoa, informou que 10 menores estavam sendo atendidos no Hospital Materno-Infantil José Domingo de Obaldía. Os menores que chegaram em condições delicadas têm entre quatro e 11 anos.
Por sua vez, uma nota da Presidência da República especifica que, do total de 66 viajantes, 42 eram do sexo masculino e 24 do sexo feminino.
O relatório oficial também indicou que entre os migrantes, 22 eram equatorianos, 16 haitianos e 11 venezuelanos, as três nacionalidades com maior presença.
Também identificaram cidadãos do Brasil (seis), Colômbia (cinco), Camarões (dois), Cuba (dois), Eritreia (um) e Nigéria (um).
O Executivo indicou ainda que pessoal especializado do Ministério Público continua a realizar estudos médicos para identificar os corpos sem vida resgatados e todos os recursos disponíveis nos hospitais daquela região oeste estão alocados para o atendimento dos sobreviventes.
No ano passado, o país ístmico experimentou uma crise migratória sem precedentes quando 248.284 viajantes irregulares cruzaram a selva de Darien.
Este ano, o SNM apontou que só em janeiro, um total de 24.634 caminhantes entraram no país pela fronteira com a Colômbia, a maioria do Haiti (10.222), Equador (6.352) e Venezuela (2.337).
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