Por meio do decreto 681, o presidente determinou restringir a mobilidade entre 21h e 5h, horário local, por 60 dias, nos quais também serão limitados os direitos de associação, reunião, inviolabilidade de endereço e correspondência.
O Chefe do Executivo determinou ainda que a Polícia Nacional e as Forças Armadas coordenem as ações, no âmbito das suas competências, para a manutenção da ordem pública.
Um dos argumentos que Lasso apresenta para sua decisão é que nos últimos meses foi observado um aumento dos níveis de criminalidade “estreitamente relacionado ao tráfico ilícito de drogas, bem como mecanismos recorrentes de extorsão” naquela província.
Em novembro do ano passado, o presidente também declarou estado de emergência em Esmeraldas, como havia feito naquela época em Guayas e Santo Domingo de los Tsáchilas.
Apesar do estado de emergência e do toque de recolher, crimes são relatados diariamente no território de Esmeralda.
Até agora, em 2023, segundo dados do Ministério do Interior, houve 70 homicídios dolosos, quatro ataques a Unidades de Polícia Comunitária e várias ameaças a diferentes policiais.
O Equador fechou 2022 com 25 homicídios por 100.000 habitantes, a maior taxa de sua história, e Esmeraldas foi a província mais violenta, com 63 assassinatos por 100.000 habitantes.
Os especialistas na matéria consideram que esta situação se deve à guerra dos cartéis nacionais e internacionais pelo controlo do narcotráfico e à ineficácia da resposta do Estado a esta questão.
Além disso, os moradores dessa cidade fronteiriça com a Colômbia apontam a pobreza, o desemprego e o abandono do Estado como causas da insegurança.
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