Em artigo publicado no jornal Página 12, o analista destacou que a acusação de Washington à ilha caribenha abusa do conceito de extraterritorialidade e pretende prejudicar ainda mais as relações bilaterais, além de afetar o povo cubano.
Os Estados Unidos renovaram a decisão de Donald Trump (ex-presidente, 2017-2021) de estigmatizar Cuba. A medida é unilateral e ele a aplica porque lhe atribui naturalmente a condição de gendarme planetário, afirmou.
Além disso, lembrou que o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (2009-2017), eliminou Cuba dessa lista e começou a normalizar as relações.
Trump acrescentou 243 duras sanções àquele país e o redesignou como Estado patrocinador do terrorismo em 11 de janeiro de 2021, poucos dias após a insurreição fascista no Capitólio, aponta o texto.
Agora Joe Biden segue na mesma trilha de uma política externa agressiva, que se intensifica, apesar das promessas de certa reaproximação. Longe de voltar à fase de distensão, o atual presidente se parece muito mais com Trump em sua relação com Cuba, acrescenta.
Por outro lado, indica que a ilha foi vítima de numerosos ataques dos Estados Unidos, incluindo a explosão de um avião da Cubana de Aviación em pleno voo, a invasão de Playa Girón e a guerra biológica.
O ato mais flagrante de violação dos direitos humanos é o bloqueio econômico, comercial e financeiro que tenta matar a população de fome, afirma.
mem/gas/ls