Uma declaração de guilda rejeita a proposta do subsecretário de Mineração, Willy Kracht, para permitir licitações com empresas privadas, o que, segundo ele, põe em risco a soberania do país sobre este recurso e a possibilidade de ter benefícios reais para o seu povo.
O sindicato propõe iniciar um processo para fortalecer a soberania sobre os recursos naturais, desenvolver uma indústria geradora de valor agregado e romper com o modelo monoextrativista.
A posição da Constramet é compartilhada pelos representantes dos trabalhadores do Salinas do Atacama.
No texto, o sindicato exortou o Governo a definir claramente a sua posição sobre esta questão e a ser coerente com uma política de desenvolvimento sustentável e inovador.
A proposta do subsecretário de Mineração gerou duras críticas de vários parlamentares, e do senador Daniel Núñez, do Partido Comunista, disse que esta iniciativa é contrária à política proposta no programa do Governo e constitui uma privatização aberta deste mineral.
“Usar outro mecanismo, como o que o governo de Sebastián Piñera tentou fazer, gera uma exploração por peça, com a qual se repetirão todos os erros cometidos pelo Chile com o cobre”, alertou o senador.
Já o deputado Daniel Manouchehri, da Partido Socialista, descrito como um erro histórico para entregar o lítio ao capital estrangeiro e acrescentou que “não ganhamos nada continuando a vender matérias-primas por um peso, para depois nos venderem como produto por 100”.
Segundo analistas, a demanda por esse mineral aumentará 25% este ano, impulsionada pelo mercado de veículos elétricos e baterias para celulares e laptops.
O Chile abriga uma das maiores reservas do chamado de ouro branco no mundo, estimado em 9,2 milhões de toneladas.
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