Primeiro com indicação profilática autorizada em fevereiro de 2022, o remédio é uma combinação de dois anticorpos monoclonais (cilgavimabe + tixagevimabe) e sua aplicação é realizada por injeção intramuscular. Segundo a Anvisa, a medida surge após os dados apresentados pelo laboratório mostrarem uma queda significativamente na eficácia do medicamento contra variantes preocupantes do novo coronavírus SARS-CoV-2 que circulam no país.
A suspensão ocorreu por unanimidade na direção colegiada do órgão regulador e é válida até que sejam apresentados dados que comprovem a validade da vacina contra as variantes.
Evusheld tem indicações de uso na profilaxia pré-exposição e tratamento da Covid-19 casos leves a moderados, para pacientes com alto risco de progressão e agravamento da doença.
Também em janeiro último, os Estados Unidos retiraram a autorização de uso emergência medicamentosa.
Na época, o Food and Drug Administration (FDA), órgão equivalente à Anvisa, afirmou que o remédio não neutralizava subvariantes de Ômícron, como é o caso do XBB.1.5.1, predominante no país.
AstraZeneca informou no mesmo mês que estava testando um novo medicamento em ensaios clínicos, que pode neutralizar novas cepas de SARS-CoV-2 e que também se destina à prevenção da doença.
No caso do Brasil, a Anvisa cita a prevalência atual de 77 por cento das variantes BQ.1 e 15 de BA.5 para suspender temporariamente a autorização de uso.
A agência também destacou que, se houver lotes do medicamento Em território nacional, a empresa detentora da autorização deve notificar devidamente os profissionais de saúde sobre a ineficácia do medicamento. contra variantes circulantes do SARS-CoV-2.
Até o momento, o gigante sul-americano acumula 699 mil 276 mortes e 37 milhões 76 mil 73 infecções por Covid-19 desde que entrou no país em fevereiro de 2020.
mgt/ocs/ls