As vendas diretas naquela sede começaram na segunda-feira, às 08h30, horário local, ao câmbio oficial (6,96 bolivianos por um dólar), com a venda naquele dia de 800 mil unidades da moeda norte-americana.
A Prensa Latina apurou esta terça-feira à porta do BCB que por volta das 17h30 locais uma fila com cerca de 30 pessoas aguardava a sua vez para realizar este tipo de transação.
“É importante lembrar a toda a população que o horário de atendimento que temos nos boxes está sendo estendido – a partir de hoje (terça-feira) e pelo menos durante esta semana – até as nove da noite (horário local), para atender às necessidades de toda a população”, explicou Claudia Soruco, gerente de Tesouraria do BCB, à imprensa.
As autoridades da esfera financeira boliviana insistem desde o final da semana passada em repetidas intervenções ante os diferentes meios de comunicação que a versão da falta de moeda estadunidense é falsa.
Até o presidente do BCB, Róger Edwin Rojas, alertou em entrevista ao canal estatal Bolivia TV que os principais divulgadores dessas notícias falsas no passado estiveram ligados aos setores golpistas de novembro de 2019 e durante o governo de fato de Jeanine Áñez (2019-2020).
“São políticos disfarçados de analistas, já que muitos deles participaram diretamente do governo de fato e, em alguns casos, estiveram ligados a tudo o que foram os governos neoliberais”, insistiu.
Rojas foi redundante ao denunciar que no último mês formadores de opinião e políticos lançaram especulações sobre a economia e o sistema financeiro nacional, por meio de redes sociais e alguns meios de comunicação.
No entanto, esclareceu, a economia boliviana “é bastante resiliente” face à especulação, e o Banco Central pode verificar isso através dos diferentes indicadores através dos quais é monitorizada.
As vendas diretas são destinadas a pessoas físicas e não propriamente a pessoas jurídicas, como empresas, que podem realizar a transação no estatal Banco Unión ou em entidades de intermediação financeira.
Os que exigem menos de cinco mil dólares devem apenas apresentar o documento de identidade, enquanto os que exigem valores superiores apresentam duas fotocópias desse documento de identificação e preenchem uma declaração juramentada em que esclarecem a origem e o destino desses fundos.
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