A informação foi confirmada ao jornal electrónico VN Express International pelo diretor do Departamento de Cooperação Internacional do Ministério da Cultura, Desporto e Turismo vietnamita, Nguyen Phuong Hoa.
Segundo o governante, a China quer continuar a cooperação turística com o Vietnã, que tinha sido exemplar e mutuamente benéfica antes do flagelo da Covid-19, além de contribuir para o estreitamento dos laços de amizade entre as duas nações.
Em 6 de fevereiro, Beijing divulgou uma lista de 20 países para os quais autorizou viagens em grupos de turistas chineses, mas não incluiu o Vietnã.
Para o mercado vietnamita, a China constitui um emissor importante e isso é evidenciado pelo fato de que entre os anos 2015-2019 experimentou aumentos ano-a-ano de 34 por cento no envio de viajantes, apontaram especialistas do setor.
Antes da eclosão da pandemia de Covid-19, o chamado gigante asiático liderava o fluxo de turistas estrangeiros para o Vietnã, que em 2019 recebeu 5,8 milhões de visitantes daquela nacionalidade.
No início deste ano, e depois de ter conhecimento da decisão da China de retomar a atividade turística, a Vietjet e a China Southern Airlines anunciaram que iriam começar a operar rotas entre os dois países a partir de 26 de março, enquanto a Vietnam Airlines prevê iniciar os voos a partir de 1 de junho.
O mercado externo chinês como um todo passou de 10,5 milhões de viajantes em 2000 para 150 milhões em 2018, alcançando um crescimento médio anual de 16%.
Só no ano passado, e de acordo com estatísticas da Organização Mundial do Turismo e do Centro Global de Pesquisas Econômicas do Turismo, os gastos dos turistas chineses no exterior totalizaram 227 bilhões de dólares, ou 50% das saídas do turismo internacional na Ásia e 20% do total mundial.
O Vietnã pretende receber este ano 110 milhões de turistas, incluindo oito milhões de estrangeiros, e obter receitas neste setor na ordem dos 27,5 mil milhões de dólares.
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