O anúncio foi feito pelo ministro egípcio das Relações Exteriores, Sameh Shoukry, durante sua participação na Conferência Ministerial do Clima, realizada esta semana em Copenhague, na Dinamarca.
Shoukry enfatizou que o encontro acontecerá na cidade de Luxor, no sul do país, e discutirá a implementação do chamado fundo de perdas e danos.
A medida foi adotada durante a 27ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP27), realizada em novembro passado no balneário egípcio de Sharm El Sheikh.
A iniciativa, antiga reivindicação do Sul, provocou acalorados debates naquela reunião devido à rejeição de várias potências ricas.
Os detalhes de seu funcionamento serão elaborados por um comitê formado por 24 países, três deles da América Latina e do Caribe, para serem apresentados na próxima cúpula (COP28) que acontecerá nos Emirados Árabes Unidos em novembro próximo.
O chanceler egípcio destacou a importância da implementação dos resultados e recomendações da COP27 para enfrentar os impactos negativos das mudanças climáticas.
Ele se referiu à falta de compromissos para cumprir o Acordo de Paris de 2015 sobre limitar as temperaturas globais a 1,5 grau Celsius em comparação com os níveis pré-industriais.
Da mesma forma, pediu às nações ricas que cumpram suas promessas de doar 100 bilhões de dólares por ano aos pobres para combater este flagelo.
De acordo com um relatório recente da Loss and Damage Collaboration, um grupo de mais de 100 pesquisadores, 55 das economias mais vulneráveis ao clima sofreram perdas econômicas de mais de US$ 500 bilhões de 2000 a 2020. oda/rob / fav