23 de December de 2024
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Israel tenta acabar protesto de prisioneiros palestinos pela força

Israel tenta acabar protesto de prisioneiros palestinos pela força

Ramallah, 22 de mar (Prensa Latina) As autoridades israelenses isolaram ou transferiram para lugares desconhecidos os líderes dos prisioneiros palestinos, que amanhã iniciarão uma greve massiva nas prisões desse país em repúdio às medidas punitivas adotadas contra eles.

Os principais meios de comunicação palestinianos revelaram esta quarta-feira que desde ontem à noite o Serviço Penitenciário (IPS) aplicou medidas contra os membros do Comité Supremo de Emergência para Prisioneiros, que reúne reclusos de todas as facções.

Segundo a agência oficial de notícias WAFA, à IPS isolou Ammar Mardi, representante do movimento governamental Fatah, e Salama al-Qatawi, do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).

Além disso, ele transferiu para lugares desconhecidos Muhammad al-Tus, reitor dos prisioneiros palestinos, que está atrás das grades desde 1985; Walid Hanatsheh, da Frente Popular de Libertação da Palestina (PFLP); Zaid Bsisi, da Jihad Islâmica, e Bassem Khandakji, do Partido Popular.

Todos eles iniciaram ontem a greve de fome, à qual se juntarão cerca de dois mil reclusos esta quinta-feira, primeiro dia do Ramadão, mês sagrado para os muçulmanos.

A Comissão de Presos e Ex-Prisioneiros anunciou que o secretário-geral da PFLP, Ahmed Saadat, será uma das principais lideranças que iniciam amanhã a nova fase de protestos.

Marwan Barghouti, um dos principais líderes do Fatah, também se juntará à greve de fome. Tanto Saadat quanto Barghouti estão presos há mais de duas décadas.

Há 36 dias, os palestinos realizam vários protestos contra as medidas aplicadas pela IPS e promovidas pelo ministro da Segurança Nacional de Israel, o direitista Itamar Ben Gvir.

O movimento foi lançado em 14 de fevereiro na prisão de Nahfa depois que as autoridades adotaram várias medidas punitivas, incluindo corte de água e restrições.

No dia seguinte, a rebelião se espalhou para as prisões de Raymon, Ofer, Megiddo, Gilboa e Negev, onde os presos lançaram uma campanha de desobediência, que incluía o boicote aos controles de segurança.

Mais de 4.700 palestinos estão atrás das grades em prisões israelenses, segundo fontes oficiais.

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