Os principais meios de comunicação palestinianos revelaram esta quarta-feira que desde ontem à noite o Serviço Penitenciário (IPS) aplicou medidas contra os membros do Comité Supremo de Emergência para Prisioneiros, que reúne reclusos de todas as facções.
Segundo a agência oficial de notícias WAFA, à IPS isolou Ammar Mardi, representante do movimento governamental Fatah, e Salama al-Qatawi, do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
Além disso, ele transferiu para lugares desconhecidos Muhammad al-Tus, reitor dos prisioneiros palestinos, que está atrás das grades desde 1985; Walid Hanatsheh, da Frente Popular de Libertação da Palestina (PFLP); Zaid Bsisi, da Jihad Islâmica, e Bassem Khandakji, do Partido Popular.
Todos eles iniciaram ontem a greve de fome, à qual se juntarão cerca de dois mil reclusos esta quinta-feira, primeiro dia do Ramadão, mês sagrado para os muçulmanos.
A Comissão de Presos e Ex-Prisioneiros anunciou que o secretário-geral da PFLP, Ahmed Saadat, será uma das principais lideranças que iniciam amanhã a nova fase de protestos.
Marwan Barghouti, um dos principais líderes do Fatah, também se juntará à greve de fome. Tanto Saadat quanto Barghouti estão presos há mais de duas décadas.
Há 36 dias, os palestinos realizam vários protestos contra as medidas aplicadas pela IPS e promovidas pelo ministro da Segurança Nacional de Israel, o direitista Itamar Ben Gvir.
O movimento foi lançado em 14 de fevereiro na prisão de Nahfa depois que as autoridades adotaram várias medidas punitivas, incluindo corte de água e restrições.
No dia seguinte, a rebelião se espalhou para as prisões de Raymon, Ofer, Megiddo, Gilboa e Negev, onde os presos lançaram uma campanha de desobediência, que incluía o boicote aos controles de segurança.
Mais de 4.700 palestinos estão atrás das grades em prisões israelenses, segundo fontes oficiais.
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