Batizado com o nome de Nicanor Mc Partland y Diez, Mella é considerado uma das figuras emblemáticas do processo revolucionário na nação caribenha durante a primeira metade do século XX.
Antes dos 20 anos, já havia fundado a revista Alma Mater (1922-1923) na qual fazia uma declaração de princípios que o acompanhariam até a morte: enfrentar a ingerência dos Estados Unidos na ilha.
Em sua curta existência desenvolveu uma atividade política e revolucionária febril que o tornou um líder de estatura internacional.
Em 1924 ingressou na Associação Comunista de Havana e a partir daí realizou um trabalho muito ativo entre o proletariado.
Junto com outros revolucionários, como Rubén Martínez Villena, deu vida à Universidade Popular José Martí (1923), projeto que permitiu levar educação aos trabalhadores mais humildes; e fundou a Seção Cubana da Liga Antiimperialista das Américas, em 1925.
A FEU, criada em 20 de dezembro de 1922, foi mais um de seus espaços de defesa do país, e a partir daí contribuiu para organizar o corpo estudantil para a reforma da universidade, mas também uniu forças com o movimento operário para lutar contra a tirania de Gerardo Machado (1925-1933).
A radicalização de seu pensamento e a identificação com as ideias comunistas o levaram a fazer parte do grupo que em 16 de agosto de 1925 constituiu o primeiro Partido Comunista de Cuba, militância que defendeu até a morte.
Em 1926 foi expulso da Universidade por suas ações revolucionárias e fez greve de fome, depois teve que se exilar no México.
Mella participou do Congresso contra a Opressão Colonial de 1927 em Bruxelas, Bélgica e mais tarde visitou a União Soviética como delegada do Quarto Congresso Sindical Vermelho Internacional.
Faltavam dois meses para completar 26 anos quando, por ordem de Machado, seus assassinos o mataram a tiros em 10 de janeiro de 1929, no México.
O líder histórico da Revolução, Fidel Castro, o considerava “o cubano que mais fez em menos tempo”.
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PL-17
2023-03-25T03:27:26