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EEUU promovem campanha para retirar Cuba da lista de terroristas

EEUU promovem campanha para retirar Cuba da lista de terroristas

Washington, 25 Mar (Prensa Latina) Membros do capítulo nova-iorquino da Conferência Nacional de Advogados Negros promovem hoje uma campanha nos Estados Unidos que insta o presidente Joe Biden a retirar Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo.

A decisão de Biden de manter essa designação vai contra a repetida rejeição da Assembleia Geral das Nações Unidas ao bloqueio contra o país caribenho nos últimos 30 anos, disseram Joan P. Gibbs e Rosemari Mealy, promotores da iniciativa.

Segundo eles, retirar Cuba dessa lista ilegal e unilateral não porá fim às devastadoras restrições comerciais, econômicas e financeiras impostas pelo bloqueio estadunidense de mais de 60 anos, mas poderia facilitar o reforço dessa política hostil.

Eles argumentaram que, entre outras coisas, a inclusão nessa relação dificulta que Cuba realize transações internacionais ou obtenha empréstimos para alimentos, remédios e infraestrutura essencial para seu povo.

Publicado no jornal Amsterdam News, o texto lembrava que enquanto o democrata fazia campanha para a presidência “prometeu reverter as sanções draconianas impostas a Cuba” por Donald Trump (2017-2021).

No entanto, Biden continuou “com a maioria das quase 250 sanções de Trump, incluindo a designação de Cuba como estado patrocinador do terrorismo que ele assumiu durante seus últimos dias no cargo”, acrescentaram.

Mas, apesar do cerco apertado e da permanência nessa lista, Cuba “continua a ter maior expectativa de vida, menor mortalidade infantil e materna, melhores resultados de saúde, maior alfabetização, mais educação e menos violência do que os Estados Unidos”, disseram os ativistas de solidariedade.

Por exemplo, um relatório recente dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças descobriu que em 2020 a taxa de mortalidade materna para mulheres negras não hispânicas foi de 55,3 por 100.000 nascidos vivos, ou 2,9 vezes a taxa para brancas não hispânicas, acrescentaram Gibbs e Mealy

Biden poderia acabar com essa designação com um golpe de caneta, afirmaram ao alertar que para isso o presidente não precisaria ter o Congresso.

Em uma série de ações realizadas nos dias 14 e 15 de março em Nova York, centenas de ativistas de todos os Estados Unidos fizeram a mesma exortação a Biden, comentando ao antecipar que uma manifestação massiva em frente à Casa Branca seguirá em 25 de março. Junho.

Cuba foi inicialmente incluída nessa relação em 1982 durante o governo de Ronald Reagan até 2015, quando foi afastada pelo então presidente Barack Obama, no contexto do restabelecimento das relações entre Washington e Havana.

O Governo de Cuba reconheceu naquele momento a justa decisão por se tratar de uma lista na qual nunca deveria constar, especialmente considerando que foi vítima nas últimas seis décadas de centenas de atos de terrorismo planejados desde os Estados Unidos que custaram matou 3.478 pessoas e incapacitou outras 2.099.

ro/dfm/ans

PL-12

2023-03-25T00:57:56

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