De acordo com o serviço de imprensa do gabinete presidencial russo, o presidente informou em uma aparição no canal de televisão Rossiya 24, e disse que era a resposta à implantação desse tipo de arma pelos Estados Unidos em países da Organização de Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Putin disse que a declaração não é nada de extraordinário, já que o governo de Belarus há muito pede o envio de armas nucleares russas em seu território para se defender de uma possível agressão da OTAN.
O líder russo sublinhou ainda que o seu país é capaz de responder ao fornecimento de munições com urânio empobrecido à Ucrânia, lembrando que dispõe de centenas de milhares de munições deste tipo, mas ainda não as utilizou.
Ele também destacou que o possível uso de munições de urânio empobrecido pela Ucrânia causará contaminação de áreas de cultivo e, embora não sejam armas de destruição em massa, são capazes de gerar poeira radioativa e são classificadas como armas perigosas.
Em 21 de março, a vice- ministra da Defesa britânica, Annabel Goldie, declarou que o Reino Unido planeja fornecer à Ucrânia munições de urânio empobrecido para apoiar Kiev em meio à operação militar especial russa.
Putin então indicou que a Rússia será forçada a responder se o Ocidente usar armas com um componente nuclear, enquanto o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, descreveu os possíveis embarques de munição de urânio empobrecido para Kiev como um passo significativo para uma maior escalada do conflito.
mem/gfa/cm