A atiradora Audrey Elizabeth Hale, 28, participou da primária com duas armas rifle de assalto e um revólver e, de acordo com declarações de policiais, realizou um ataque direcionado que envolveu planejamento prévio.
Durante o ataque, o perpetrador foi morto pela polícia, deixando para trás mapas “desenhados” da Escola Covenant detalhando como eles iriam proceder, disse o chefe da polícia metropolitana de Nashville, John Drake.
Ele disse que Hale obteve pelo menos duas das armas legalmente e, após revista na casa dele, apreenderam duas espingardas e outras provas.
A fonte policial informou ainda que os três alunos assassinados, duas meninas e um rapaz, tinham nove anos, sendo que os três adultos eram trabalhadores da instituição, entre os quais o diretor e outros dois funcionários.
Com seis vítimas, o tiroteio no dia anterior é o mais mortal em uma escola desde o ataque em Uvalde, Texas, em maio passado, que deixou 21 mortos.
De acordo com uma contagem da rede de notícias CNN, é o 19º evento desse tipo em uma escola ou universidade até agora em 2023 em que pelo menos uma pessoa ficou ferida.
O autarca de Nashville, John Cooper, considerou hoje que devido a tragédias deste tipo, o “culto às armas” não deve ser celebrado na nação.
“O país precisa se levantar e dizer não a um lobby de armas o que, mais uma vez, torna muito disponível, muito conveniente e uma prioridade muito alta para as pessoas saírem e cometerem atos terríveis”, opinou ele.
Grupos de defesa de armas gastaram mais de 13 milhões de dólares em 2022 em um exercício que buscava influenciar os legisladores dos Estados Unidos, enquanto a violência com esses aparelhos cresce.
Isso foi divulgado por uma análise da OpenSecrets, que também expôs como a organização Gun Owners of America (Proprietários de armas da América), por exemplo, revelou um recorde de US$ 3,3 milhões em lobby federal no ano passado.
Essa associação relatou a realização desse tipo de atividade em conexão com 162 projetos de lei federais durante 2022, mais do que qualquer outro grupo de direitos de armas.
Os interessados em uma maior regulamentação de armas também estão desacelerados devido aos contínuos processos movidos por grupos que defendem esses dispositivos contra qualquer nova legislação que busque limitar a presença desses objetos na sociedade.
Organizações como a Federação de Armas de Fogo geralmente alegam por exemplo, que qualquer restrição é inconstitucional e viola a Segunda Emenda dos Estados Unidos, ou seja, o direito de todos os cidadãos de portar esses dispositivos.
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