Entretanto, isto não é um protesto trabalhista ou um ato de sabotagem: a queima controlada no local serve a dois propósitos benéficos, tanto para a população local quanto para a biodiversidade local.
Nomeadamente, para evitar futuros incêndios espontâneos que são muito difíceis de controlar e para renovar a população de várias espécies de plantas que requerem fogo periódico para manter sua vitalidade.
Em relação ao primeiro objetivo, a porta-voz da TMNP Lauren Howard-Clayton explicou que, embora seu departamento esteja ciente de que tais queimadas preocupam os residentes da vizinha Cidade do Cabo, a remoção de material seco inflamável pelo fogo reduzirá a probabilidade de futuros incêndios incontrolados.
E isso é de se temer.
Howard-Clayton também apelou para a paciência e compreensão dos turistas que visitam o local, especialmente aqueles que planejam usar o teleférico local, cujas férias foram estragadas pela queima ecológica.
Segundo a Unesco, o Parque Nacional de Table Mountain é um Patrimônio Mundial (Região Florística do Cabo).
É o lar de numerosas espécies de plantas, muitas agrupadas sob o termo Fynbos – a formação vegetal arbustiva mais difundida na região do Cabo, na África do Sul.
Ela cresce em uma área onde só chove no inverno e os incêndios são frequentes no verão.
Como um método de gestão ambiental, Fynbos precisa ser queimado a cada 15 anos ou mais para estimular o crescimento e mantê-lo saudável.
A Table Mountain é reconhecida como uma das atrações turísticas mais icônicas do país e do mundo, atraindo dezenas de milhares de turistas a cada ano.
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