Como o cientista explicou à TVBRICS, a tarefa não foi fácil porque o planeta Vênus tem condições climáticas severas: alta temperatura e pressão, ambiente ácido, e tudo isso tem uma influência negativa no funcionamento dos mecanismos, que são destruídos nos primeiros minutos após o pouso.

“Após analisar diferentes designs, decidimos que seria melhor fazer um astro-móvel (rover) que se move pelo movimento das massas internas. Esta é uma esfera que é hermética, observou Shcheglov.

Para colocar a esfera em movimento, os cientistas utilizam um impulsor pneumático com gás comprimido. Estações de pesquisa esféricas similares já foram enviadas para Vênus, mas enquanto antes estavam sempre paradas na superfície do planeta, agora podem se mover na direção certa.

O corpo se moverá sem mover as partes externas. É importante notar que inicialmente o projeto chamado “venerajod” foi inventado por estudantes da Universidade Técnica Estadual de Moscou, disse Shcheglov.

A Universidade Bauman e posteriormente especialistas em robótica, utilizando os materiais dos cientistas, montaram o primeiro protótipo do motor. O dispositivo se move pulando: neste modo, o robô será capaz de passar sobre a superfície de Vênus por cerca de 500 metros.

Isto significa que os cientistas poderão obter dados sobre a composição e a elasticidade do solo do planeta, escanear o efeito das temperaturas sobre o objeto e gravar vídeos.

Além da pesquisa interplanetária, o uso do “venerajod” também pode ser encontrado na Terra. Em ambientes hostis, onde é difícil fazer um mecanismo com peças móveis, nosso robô pode ser útil, concluiu o cientista russo.

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