Roma, 31 de março (Prensa Latina) O ministro das Relações Exteriores da Itália e vice-presidente do governo, Antonio Tajani, reafirmou aqui hoje, durante o Fórum de Diálogo com a Espanha, que ambas as nações devem fortalecer seu papel dentro da União Européia (UE).
Um comunicado divulgado no site oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros aponta que Tajani destacou durante a 19.ª edição daquele encontro, que decorre no Campidoglio Romano, que as duas nações têm um compromisso comum em prol de “uma Europa mais unida “.
Ele também afirmou que ambos os países “têm sido a força motriz por trás da mudança de direção da política europeia, particularmente no que diz respeito à próxima geração de planos de recuperação nacionais e da UE”.
“É certo que não existe apenas uma Europa dirigida pelos franco-alemães”, enfatizou.
“Ao fortalecer estes programas, acompanhados de essenciais parcerias público-privadas, será possível oferecer respostas às complexidades criadas pela Covid-19”, acrescentou o ministro no fórum anual de dois dias, que concluiu esta sexta-feira.
A delegação espanhola foi integrada pela vice-presidente do Governo, Teresa Ribera Rodríguez, e pela ministra da Defesa, Margarita Robles; enquanto pela Itália, além de Tajani, participaram os ministros da Defesa, Assuntos Europeus e Segurança Energética, Guido Crosetto, Raffaele Fitto e Gilberto Pichetto Fratin, respectivamente.
Tajani também observou que a Itália e a Espanha juntas representam um quinto do Produto Interno Bruto europeu e quase um quarto da população da comunidade regional, assim como compartilham interesses e posições convergentes em quase todos os assuntos europeus e internacionais.
“A nossa relação é baseada em elementos constantes ao longo do tempo, como a proximidade única entre os dois povos, bem como relações econômicas particularmente intensas e frutíferas”, afirmou.
Referindo-se ao conflito na Ucrânia, afirmou que “esta crise vem confirmar que o investimento geoestratégico iniciado com o alargamento aos Balcãs continua a ser crucial” e acrescentou que “em 2023, o desafio será manter o ritmo que o caminho da adesão da região levou no ano passado”, em torno da União.
Assegurou o apoio da Itália à presidência espanhola do Conselho da UE por seis meses, que terá início em 1º de julho, e, a esse respeito, o ministro das Relações Exteriores afirmou que “estou convencido de que juntos conseguiremos objetivos importantes em muitas frentes”.
Aludiu em particular, segundo a nota, a projetos relacionados com “energia, relações com a vizinhança meridional, migrações, competitividade europeia e governação econômica”, sublinhando a necessidade de “enfrentar um esforço de renovação da UE com responsabilidade e bravura”.
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