É um dos quatro eventos mais importantes de sua cultura milenar, por tradição, as famílias vão juntas aos cemitérios para limpar os túmulos de seus falecidos e homenageá-los com grandes oferendas.

Também é comum incinerar papel-moeda, fotografias de carros de luxo, casas em miniatura e até modelos de celulares com o advento das novas tecnologias, para que não falte nada do seu gosto aos ancestrais na vida após a morte.

O Qingming traduz literalmente como “pura claridade”, cai no décimo quinto dia após o equinócio da primavera e marca a mudança do clima, pois o vento sul dispersa as baixas temperaturas dando lugar ao renascimento da vida na terra, as chuvas e o plantio da temporada.

A data também é um momento de homenagem ao lendário Imperador Amarelo, reconhecido como o ancestral da etnia Han de maioria, com cerimônias realizadas na cidade de Xi’an, onde repousam seus restos mortais.

Como todas as tradições, esta também sofreu alterações ao longo dos anos e foi simplificada a tal ponto que alguns realizam “limpeza de túmulos online”.

O costume chinês afirma que os mortos devem ser enterrados, mas também sobrecarrega os recursos terrestres deste populoso país e eleva o preço dos cemitérios.

Somam-se a isso os custos dos funerais, que em média rondam os 80.000 yuans (1.273 dólares) nas zonas urbanas.

Por isso, os chamados “enterros verdes” em urnas biodegradáveis, sem lápides e com árvores plantadas por cima, ou o depósito das cinzas no mar, ganham cada vez mais força por aqui.

Esta última opção está ganhando popularidade porque também evita os longos engarrafamentos nas estradas produzidos neste dia, quando as pessoas vão em massa aos cemitérios.

Da mesma forma, com a eclosão da pandemia de Covid-19 em 2020, o Governo promoveu homenagens online, evitando grandes aglomerações em cemitérios e diminuindo o risco de propagação da doença.

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