Segundo um estudo da organização Global Countdown sobre o impacto das mudanças climáticas na saúde na América do Sul, as mortes associadas ao calor extremo aumentaram 160% na região e somente no Equador as mortes de crianças e idosos aumentaram 10%.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente do país andino, a temperatura aqui subiu mais um grau desde 2010.
Outra conclusão do estudo é a estreita relação entre o calor e o aumento de doenças vetoriais, principalmente a dengue.
Essa doença causada pelo mosquito Aedes aegypti aumentou 35% em 20 anos nos países tropicais da região, refletiu a pesquisa.
No relatório, publicado pelo The Lancet em 28 de março, os cientistas descobriram que os mosquitos se reproduzem facilmente em áreas quentes e úmidas. Os especialistas informaram que os lugares mais quentes atraem chuva e em países com bairros pobres, a água fica estagnada dando lugar a mais mosquitos.
No Equador, até agora em 2023, foram notificados 2.958 casos de dengue, distribuídos principalmente nas províncias de Guayas, El Oro e Manabí, segundo o Ministério da Saúde Pública.
A instituição de saúde referiu que destes, pelo menos 125 são casos de alarme, sete graves e duas pessoas falecidas.
Nas últimas semanas, as fortes chuvas no Equador também aumentaram as infecções por leptospirose devido às inundações nas áreas costeiras do país sul-americano.
ro/nta/bm