23 de February de 2025

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Revelam ações para ocultar crimes da ditadura na Argentina

Revelam ações para ocultar crimes da ditadura na Argentina

Buenos Aires, 10 abr (Prensa Latina) Entre 1982 e 1984 a Comissão Permanente de Estudos de Situações Especiais (Copese) eliminou informações sobre crimes perpetrados durante a última ditadura cívico-militar na Argentina ( 1976-1983), revelou hoje o jornal Página 12.

Um estudo da Direção Nacional dos Direitos Humanos do Ministério da Defesa, divulgado por aquele jornal, indicava que o Copese era constituído por um grupo de repressores da antiga Escola de Mecânica da Marinha (ESMA), onde funcionava um dos centros clandestinos de detenção, tortura e extermínio instalados por aquele regime.

Segundo relatório elaborado com base em indagações e depoimentos de sobreviventes como Víctor Basterra (1944-2020), em outubro de 1982 um grupo de militares recebeu a ordem de apagar as evidências dos horrores cometidos e os registros dos detidos.

Enquanto isso, nas ruas, os familiares das vítimas e membros de organizações de defesa dos direitos humanos exigiam justiça e pediam para saber o paradeiro de mais de 30.000 desaparecidos.

La Copese funcionou até 1984, um ano após o fim da ditadura e o retorno à democracia neste país.

Basterra, membro do grupo Peronismo de Base preso em 1979 junto com sua esposa e filha recém-nascida, foi forçado a trabalhar no setor de Documentação da ESMA e conseguiu extrair fotos de várias vítimas ali sequestradas.

Ele também testemunhou a extração de arquivos por membros da área de inteligência, incluindo os suboficiais Antonio Rosario Pereyra e Raúl Agustín Cejas.

Segundo as investigações realizadas, Salvio Olegario Menéndez era o presidente da Comissão, Raúl Enrique Scheller seu secretário e Carlos Alberto Piccone, um dos membros.

mgt/gas/ls

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