Um estudo da Direção Nacional dos Direitos Humanos do Ministério da Defesa, divulgado por aquele jornal, indicava que o Copese era constituído por um grupo de repressores da antiga Escola de Mecânica da Marinha (ESMA), onde funcionava um dos centros clandestinos de detenção, tortura e extermínio instalados por aquele regime.
Segundo relatório elaborado com base em indagações e depoimentos de sobreviventes como Víctor Basterra (1944-2020), em outubro de 1982 um grupo de militares recebeu a ordem de apagar as evidências dos horrores cometidos e os registros dos detidos.
Enquanto isso, nas ruas, os familiares das vítimas e membros de organizações de defesa dos direitos humanos exigiam justiça e pediam para saber o paradeiro de mais de 30.000 desaparecidos.
La Copese funcionou até 1984, um ano após o fim da ditadura e o retorno à democracia neste país.
Basterra, membro do grupo Peronismo de Base preso em 1979 junto com sua esposa e filha recém-nascida, foi forçado a trabalhar no setor de Documentação da ESMA e conseguiu extrair fotos de várias vítimas ali sequestradas.
Ele também testemunhou a extração de arquivos por membros da área de inteligência, incluindo os suboficiais Antonio Rosario Pereyra e Raúl Agustín Cejas.
Segundo as investigações realizadas, Salvio Olegario Menéndez era o presidente da Comissão, Raúl Enrique Scheller seu secretário e Carlos Alberto Piccone, um dos membros.
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