Yassir Molina, Mario Bascopé, Fabio Bascopé e Milena Soto são os principais réus, além de Mario SS e Ayda RLT, segundo informações.
O Ministério Público garantiu que os acusou de atos de violência cometidos na cidade de Sucre em 2020, em frente ao prédio da Procuradoria Geral do Estado.
“Esta sala de intervalo (recreio) é realizada para que os demais acusados possam entrar na produção das provas, neste caso o Sr. Mario SS e Ayda RLT, também há um pedido da defesa da Sra. Soto para realizar uma fiscalização (…) é provável que já tenha sentença esta semana”, afirmou o representante do Ministério Público, Javier Gorena.
Em entrevista ao canal estatal boliviano Tv, o procurador explicou que, na audiência de terça-feira, os arguidos deverão apresentar as suas testemunhas e posteriormente será encerrada a fase de debates para entrar na fase conclusiva.
Ele enfatizou que entraria na fase chamada de última palavra, a que têm direito todos os arguidos e a vítima.
“Depois, teria que ser proferida a sentença correspondente (…), estamos praticamente na fase final do julgamento”, concluiu Gorena.
Essa tropa irregular é acusada de crimes que vão desde organização criminosa, fabricação de armas caseiras, como bazucas, e destruição e deterioração do patrimônio histórico na capital paulista em 2020, para eles o Ministério Público pede uma pena de 20 anos de prisão. A
senadora e ex-prefeita de Vinto Patricia Arce pediu em fevereiro passado a prorrogação das investigações contra seus agressores na cidade de Cochabamba durante o golpe de 2019, integrados ao RJC.
Durante os distúrbios que levaram à renúncia do ex-presidente Evo Morales em novembro de 2019, uma multidão ocupou o prédio municipal de Vinto e tirou a ex-burgomestre de pés descalços e a obrigou a caminhar cinco quilômetros sobre pedras.
Além de espancá-la, cortaram seus cabelos e a banharam com tinta vermelha, em um ato vexatório filmado que rodou o mundo pela internet e foi condenado por organizações internacionais e instituições de direitos humanos.
Uma das responsáveis por esse ataque e que foi identificada por Arce seria Milena Soto, uma das líderes dessa força de choque do golpe de 2019. Relatórios da Comissão Interamericana de Direitos Humanos
e da Defensoria Pública denunciaram as agressões, ataques e abusos cometidos por integrantes do RJC durante o regime de fato de Jeanine Áñez (2019-2020).
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