As obras, eixo de uma disputa na nação europeia, foram na sede da Fundação Michele Vasarely, na Velha San Juan, no que era o antigo prédio do Colégio de Párvulos, onde também reside Michele Taburno Vasarely, que foi a segunda esposa de seu filho Jean Pierre Vasarely, também conhecido como Yvaral, que morreu em 2002.
A mulher mora na capital porto-riquenha há mais de 10 anos, à frente da fundação, amparada por uma lei especial que a isenta do pagamento de impostos.
Os agentes, com as mãos enluvadas, retiraram do local cerca de cem obras embaladas individualmente.
A porta-voz do FBI em Porto Rico, Limary Cruz-Rubio, limitou-se a dizer aos repórteres que o trabalho da polícia federal dos Estados Unidos respondia a uma colaboração com os franceses como parte de um memorando de entendimento.
Ao que tudo indica, as obras do artista francês de origem húngara Victor Vasarely, falecido em 1997, e seu filho Yvaral, recuperado pelos agentes, estariam ilegalmente nesta ilha caribenha, razão pela qual se tornaram parte de uma disputa familiar de herança.
A Fundação Michele Vasarely em Old San Juan estabelece em seu site que sua missão é divulgar a obra do pintor francês falecido em 1997.
Os moradores da rua San Sebastián, na cidade histórica, ficaram surpresos com a operação e alguns, como Blanca Gandía, expressaram seu descontentamento com Michele Taburno Vasarely por ter alterado alguns aspectos da estrutura histórica, enquanto outros a descreveram como uma pessoa discreta que adora gatos.
Pierre Vasarely, neto do pintor francês e filho de Yvaral, exigiu a devolução das obras, aspecto em que um tribunal parisiense o favoreceu em 2012.
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