O ministro da Cultura italiano, Gennaro Sangiuliano, indicou que “a descoberta de centenas de ex-votos, estátuas e altares no pequeno templo de Paestum confirma o extraordinário valor deste local e o seu grande potencial, no qual estamos a trabalhar”.
Por sua vez, a diretora daquele sítio arqueológico, Tiziana D’Angelo, manifestou em declarações publicadas pelo jornal Il Messaggero, que os objetos encontrados nas recentes escavações poderiam “mudar a história conhecida da antiga Poseidonia”, como era conhecida aquela cidade nos tempos da Magna Grécia.
Entre as peças encontradas estão sete que representam cabeças de touro, um altar de pedra canelada para recolher os líquidos sacrificiais, além de centenas de oferendas, algumas com imagens do deus Eros montado em um golfinho, provavelmente referindo-se ao mítico Poseidon, divindade que deu seu nome a esta cidade.
Paestum, localizada a sudeste da província de Salerno, 92 quilômetros ao sul de Nápoles, adotou esse nome após sua ocupação pelos romanos em 273 aC e, em 1998, seu sítio arqueológico foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas de Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
O santuário onde foi feita esta última descoberta foi encontrado em 2019, junto às muralhas da antiga cidade, mas as escavações foram adiadas para os últimos meses devido a restrições impostas em resultado da pandemia de Covid-19, refere a fonte.
Este é o primeiro conjunto de artefatos identificados após a retomada dos trabalhos de um grupo de arqueólogos chefiado pelo especialista Francesco Mele e datam “do tempo em que o santuário, por motivos ainda por esclarecer, foi abandonado, entre finais do Século II e início do século I aC”, disse D’Angelo.
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