Madrid, 21 abr (Prensa Latina) O nível de exigência no futebol é tão alto que o acúmulo de troféus é de pouca utilidade, especialmente quando a temporada do Real Madrid parece estar no limite.
Depois de ter somado uma série de vitórias impressionantes em 2022, com a Supertaça de Espanha e a LaLiga, a Liga dos Campeões e a Supertaça da Europa, este ano volta a colocar à prova a “casa branca”.
As curvas de desempenho dos jogadores são sempre um problema, mas o mercado do futebol profissional moderno é implacável e, em pouco tempo, tudo fica do zero.
Dando LaLiga quase na derrota para o Barcelona,os merengues estão com a Copa del Rey e a Liga dos Campeões.
No entanto, o calendário representa uma tremenda dicotomia para o treinador do Real Madrid, o italiano Carlo Ancelotti, de como dosar as cargas no início de maio, quando tudo se abate sobre eles.
Em 6 de maio será a final da Copa del Rey em Sevilha contra o Osasuna. No papel, o favoritismo é do Real Madrid, sem esquecer que os pamplonanos comandados por Jagoba Arrasate chegam com muita fome de títulos e é um clube com muita garra.
Ancelotti disse ao Arrasate na última vez que se enfrentaram no torneio local (2 a 0 a favor dos merengues) que esperava vê-los novamente na final da Copa del Rey. Foi uma brincadeira, que acabou sendo boa.
Acontece que a maratona do Real Madrid pode ser muito inconstante. Começa no sábado contra o rochoso Celta de Vigo, continua na terça-feira, dia 25, com outro difícil rival, o Girona; no sábado, 29, contra o Almería; e em 2 de maio contra o Real Sociedad.
Depois, dois grandes momentos da temporada. A “casa branca” defronta o Osasuna no dia 6 de maio, em Sevilha, e apenas três dias depois, defronta o Manchester City, no Santiago Bernabéu, em jogo da primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões.
A pergunta para a mídia e torcedores é o que vai fazer a boa disputa do Real Madrid. Aceitar definitivamente que a LaLiga é inútil, concentrar-se num troféu nacional (Copa del Rey) ou apostar todas as cartas no torneio continental máximo, são as questões que rondam a equipa da capital.
O risco é ficar de mãos abanando e isso nunca é perdoado pela direção dos merengues. Precisará então da melhor versão do francês Karim Benzema e dos brasileiros Rodrygo e Vinicius; o sigilo do belga Thibaut Courtois; e principalmente contra o City, de uma defesa que não vaza contra o colosso norueguês Erling Haaland.
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